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O que 2019 nos reserva?

Mais alguns dias e 2018 acaba. Mas, o que os trabalhadores e trabalhadoras podem esperar de 2019?

De saída, teremos a posse dos deputados federais e estaduais, senadores, governador e presidente da República, eleitos em outubro. E as decisões políticas e administrativa que serão adotadas por eles é que devem merecer a nossa atenção, muito embora os sinais emitidos na montagem das equipes de governo já devam acender a luz amarela.
No plano estadual, não se sabe muito o que pretende João Dória Júnior (PSDB). Até agora, os indicados para o seu secretariado refletem a continuidade das políticas adotadas pelos tucanos há mais de vinte anos no estado de São Paulo: privatizações de empresas públicas e redução das políticas públicas voltadas para as camadas mais necessitadas da população.
Mas, é com o plano federal que devemos nos preocupar. A montagem do ministério do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), embora algumas pastas ainda estejam sem titulares, reflete a completa militarização da administração pública. A sua proposta de redução do número de ministérios, apresentada durante a campanha, na prática resultou em enormes prejuízos para os trabalhadores.
Os ministérios ligados às áreas sociais perderam o status e, ou foram agrupados em uma só ou tiveram suas atribuições espalhadas em outras pastas. E aqui, o exemplo mais prejudicial foi o esquartejamento do Ministério do Trabalho e Emprego, após 88 anos de existência. Esta decisão dá a exata medida do que Bolsonaro pensa e pretende fazer para os trabalhadores.
Para a classe trabalhadora, 2019 será o ano do início da resistência. Será preciso se mobilizar para evitar novos retrocessos sobre os nossos direitos, além daqueles já impostos pela reforma trabalhista e a lei da terceirização geral e irrestrita. O próprio presidente eleito já declarou que pretende aprofundar as mudanças na legislação trabalhista, para que “a vida dos patrões não seja mais tão horrível como tem sido até agora”.
A saída é lutar. Não há muito o que esperar de um presidente que, em campanha, também afirmou que “os trabalhadores precisariam escolher entre ter direitos sem empregos ou empregos sem direitos; as duas coisas não seriam possíveis”.

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