Com base em informações obtidas em conversas com os trabalhadores e observação das movimentações da própria empresa, os dirigentes sindicais conseguem identificar a velocidade da terceirização.
Por ser este um ano eleitoral, percebe-se que o processo está mais lento. A própria legislação eleitoral estabelece critérios mais rígidos para contratação no setor público, e isso dificulta os processos licitatórios, tornando-os mais demorados.
Mas, para a direção do Sindae, com dificuldade ou facilidade, somos contrários à terceirização porque ela é prejudicial aos trabalhadores, sobretudo, em termos de direitos trabalhistas e salários. Empresas terceiras são campeãs de calotes em cima dos seus funcionários e, por causa disso, enfrentam milhares de ações na Justiça do Trabalho.
Mesmo um suposto ganho de eficiência nas empresas que terceirizam não se confirma. Os baixos salários pagos pelas terceiras impedem a contratação de mão-de-obra qualificada. Sem contar o risco que a empresa que terceiriza corre de ter o contrato rompido unilateralmente se desaparecerem a condições que atraíram a terceirizada.
O argumento do avanço tecnológico para justificar a terceirização também não se sustenta. E temos exemplo disso na própria Sanasa, no setor de tratamento de esgoto. Novas tecnologias permitiram integrar ETEs e alocar os trabalhadores em outros locais; tudo isso sem necessidade de terceirizar postos de trabalho.
