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A quem interessa a terceirização?

A terceirização provoca precarização da mão-de-obra, baixos salários e péssimas condições de trabalho

As sucessivas direções que estiveram à frente do Sindae, desde à sua fundação, sempre mantiveram postura firme contra a terceirização de serviços e postos de trabalho na Sanasa.
Além de gerar empregos, com a realização de concursos públicos, os serviços realizados por pessoal da própria Sanasa apresentam qualidade superior e melhoram a imagem institucional da empresa, com a queda expressiva do número de reclamações.
A recente primarização da Estação de Tratamento de Lodo na ETA Capivari é mais um exemplo a confirmar o acerto da posição da direção do Sindae. E provoca um questionamento: por que RGD (“Domasa 10”) ainda está inteiramente terceirizado? A quem interessa mantê-la nesta condição?
As atividades do RGD podem muito bem serem absorvidas pelas outras Domasas, porque o avanço tecnológico e a qualidade dos materiais utilizadas nas redes de água e esgoto têm reduzido significativamente o número de ocorrências de rompimento destas redes. Com isso, o próprio pessoal da Sanasa tem dado conta do recado.
PRECARIZAÇÃO
Mas, a pior parte da terceirização é a precarização da mão-de-obra, com péssimas condições de trabalho, exploração de trabalhadores e baixos salários. E nem precisa sair do nosso quintal para confirmar isso.
Na semana passada, aos trabalhadores e trabalhadoras da terceirizada da limpeza, que pertence ao Grupo Safe, cruzaram os braços em protesto contra o não pagamento de salários; o que é frequente nas terceirizadas. Além da solidariedade, os dirigentes do Sindae também intermediaram negociações com a Sanasa, que rompeu o contrato, assumiu temporariamente os serviços e garantiu o pagamento dos salários atrasados.
O contrato da terceirizada está em dia. Não havia razão para justificar o não pagamento dos salários dos trabalhadores. Este é mais um exemplo que reforça o nosso questionamento: a quem interessa a terceirização?

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