E os dirigentes sindicais estão abertos a esta discussão. Se a pandemia evoluir para patamares seguros e a retomada normal for inevitável, queremos discutir e negociar a adoção de mecanismos para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores e seus familiares.
Para dar subsídios aos sindicatos filiados nos processos de negociações com as empresas, a CUT lançou a cartilha “Diretrizes para a saúde e segurança dos trabalhadores nos locais de trabalho durante a Pandemia de Coronavírus”. O objetivo da publicação é auxiliar a definição e organização das atividades laborais durante a pandemia, com medidas gerais para prevenção da doença.
O local de trabalho é onde o trabalhador desempenha suas atividades e passa boa parte do seu tempo. E, portanto, devem estar organizados de modo a oferecer todas as condições de saúde e segurança. No Brasil, estes locais ainda se apresentam como ameaça constante à saúde e a vida dos trabalhadores e, neste momento de pandemia, é necessário enfatizar ainda mais a importância da adoção de medidas de proteção e promoção à saúde.
Diretrizes
A cartilha da CUT aponta diretrizes importantes para o retorno normal ao trabalho. A primeira delas é que a volta se dê com a transmissão do Coronavírus controlada; e com sistema de saúde capaz de detectar testar, isolar e tratar todos os casos. E mediante a elaboração e implementação de ações que protejam a saúde e a segurança dos trabalhadores.
A elaboração destas ações deve ter a participação dos sindicatos em todos os processos: desde a elaboração, implementação e acompanhamento dos protocolos; e nos processos de negociação de retorno ao trabalho. Sem estes protocolos, não tem retorno ao trabalho.
As empresas devem organizar o trabalho para garantir saúde e segurança aos trabalhadores. E manter um diálogo permanente com os sindicatos para que cada medida adotada possa ser compartilhada e executada de maneira eficaz.
A direção do Sindae está aberta à negociação de protocolos e ações para o retorno ao trabalho na Sanasa e em toda as empresas que estão na sua base sindical. E a cartilha será um instrumento de referência para a nossa atuação nestes processos.