E para complicar ainda mais, a diretoria da empresa chegou à mesa de negociações batendo o pé: zero de reposição salarial. O que fazer?
A direção do Sindae não teve dúvidas. Partiu para o diálogo franco e aberto com a categoria nos próprios locais de trabalho.
Realizamos mais de 40 assembleias setoriais para conversar com os trabalhadores e trabalhadoras e buscar novos rumos para as negociações salariais.
A suspensão das negociações em maio para serem retomadas em novembro não foi suficiente para avançar. Até porque, chegamos ao final de outubro ainda com a diretoria da Sanasa sentada no trono da intransigência e insistindo na sua proposta de zero de reposição.
Com as audiências na Comissão de Conciliação Pré-Processual do TRT-15, aliado à mobilização dos trabalhadores, começamos a mudar o cenário. A decretação do Estado de Greve acendeu a luz amarela no governo municipal e na própria empresa.
Sair de um cenário de zero de aumento para outro de reposição de perdas salariais pelo IPCA do IBGE foi um grande passo, vitorioso mesmo, que não pode ser menosprezado.
Fazer isso é negar a própria capacidade de mobilização e disposição de luta dos trabalhadores. E mais do que isso, negar a própria história do Sindae-Campinas.