Dia sim e outro também, trabalhadores lotados no TSS/Elevatórias procuram os dirigentes do Sindae para reclamar do calvário que enfrentam no local de trabalho, principalmente o comportamento do coordenador. Os relatos revoltam e passam a impressão de que o setor “tem vida própria, independente da Sanasa”.
No TSS/Elevatórias, os trabalhadores são pressionados e obrigados a saírem à rua sozinhos para executar tarefas. Esta medida contraria frontalmente normas do setor de Segurança do Trabalho, que determina que estes serviços só podem ser executados em dupla.
Mas, o pior dos problemas é a falta de diálogo do coordenador com os trabalhadores, que chegam a pensar duas vezes quando necessitam conversar com ele. Não há interesse em ouvir o que o subordinado tem a dizer, afinal, se ele está ali na presença do chefe é porque tem algo para falar.
E como se não bastasse, quando acontece, a conversa não flui porque o componente ameaçador está sempre no ar. Na boca do coordenador são constantes frases do tipo: “vou te dar advertência”, “vou lhe aplicar um gancho”. Como manter uma conversa saudável em um ambiente como esse?
Para a direção do Sindae, é inaceitável uma empresa do porte da Sanasa manter em seu quadro de gestores alguém que se comporta desta maneira.
E o que é bem pior, vai na contramão de todas as certificações que a própria empresa se orgulha de ostentar. Não se trata aqui de colocar em xeque a autoridade do gestor, mas, apenas, sugerir que ele não se comporte como um tirano.