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Protesto da CUT e centrais em SP denuncia política de Bolsonaro de desmonte do INSS

Sindicalistas, servidores públicos e trabalhadores de diversas categorias se uniram na sexta-feira, 14/02, na capital paulista, em um ato unificado da CUT e todas as centrais sindicais, para protestar contra o desmonte do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Sem servidores e sem investimentos em equipamentos, jogando os trabalhadores e trabalhadoras para o difícil acesso ao INSS Digital, o Instituto tem hoje uma fila de dois milhões de pessoas aguardando a análise dos pedidos de benefício, como aposentadoria, salário-maternidade e auxílio-doença.
Desde o início, o protesto foi ganhando o apoio de populares que passavam pelo local e entendiam a gravidade da situação enfrentada pelos segurados do INSS. Entenderam também que o caos é consequência da política de desmonte do Estado pelo governo de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, ministro da Economia, pasta à qual está subordinada a Previdência.
“Ô Paulo Guedes, preste atenção. O servidor não é parasita, não!”. O grito de guerra da militância foi ouvido durante todo o trajeto em reação às falas de Guedes como a mais recente, contra as empregadas domésticas. Guedes disse que é bom o dólar estar alto porque tinha doméstica viajando demais para a Disney.
JORNADAS CRUÉIS
São dois milhões de benefícios na fila de espera do INSS, onde os servidores trabalham por produtividade, têm de cumprir metas impostas pelos gestores e, por isso, acabam trabalhando até 15 horas por dia. “É desumano o que acontece”, diz Vilma Ramos, diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo (SINSSP-SP).
Além de adoecer por causa da jornada excessiva de trabalho, ela conta que o atendimento ao público, no caso do INSS, é de “trato com o ser humano”.
E diante das tragédias cotidianas, os servidores acabam absorvendo ou “vivendo o problema do segurado” e, ao não conseguir resolver, acabam sofrendo também. “A carga emocional é muito forte”, ela completa.

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