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FAMA se consolida como contraponto às multinacionais da água
Entre os dias 17 e 22 de março, trabalhadores e trabalhadoras, militantes de movimentos sociais, representando mais de 450 organizações nacionais e internacionais, participaram em Brasília do Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA).
O evento atingiu o objetivo dos seus organizadores: tornar-se um contraponto ao Fórum Mundial da Água, realizado no mesmo período e cidade pelas multinacionais que pretendem levar adiante o projeto de fazer da água uma mercadoria, disponível apenas para quem puder pagar por ela.
O documento final do FAMA identifica o objetivo destas corporações: “exercer o controle privado da água, através da privatização, mercantilização e de sua titularização, tornando-a fonte de acumulação em escala mundial, gerando lucros às transnacionais e o sistema financeiro”. E para isso, estão em curso diversas estratégias, que vão do uso da violência direta até a captura de governos, agências reguladoras, parlamentos e judiciários, para atuarem em favor das organizações transnacionais.
Para fazer frente à privatização, o documento final do FAMA reafirma o conceito de que a água não é e nem pode ser uma mercadoria. A água é um bem comum e deve ser preservada e gerida pelos povos para as necessidades da vida, garantindo a sua reprodução e perpetuação. E conclama todos a resistirem às tentativas de mercantilização deste bem tão precioso.