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Direitos dos trabalhadores sob ameaças

Reforma trabalhista prometia gerar empregos; hoje o Brasil tem 12 milhões de desempregados

Com o velho discurso de que o trabalhador brasileiro com carteira assinada tem excesso de direitos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que em três anos e cinco meses não apresentou uma proposta sequer de geração de emprego e renda, acenou em evento com empresários, realizado na semana passada, que o governo de Jair Bolsonaro (PL), pode diminuir ainda mais esses encargos. Ou seja, vai retirar direitos para supostamente abrir novas vagas de emprego.
Hoje, cinco anos após a entrada em vigor da reforma Trabalhista do governo de Michel Temer (MDB-SP), que prometia criar mais de 6 milhões de empregos em troca da extinção de mais de 100 direitos contidos na CLT, a taxa de desemprego passa de dois dígitos e atinge quase 12 milhões de trabalhadores.
A renda do trabalhador diminui a ano após ano. Em 2022, cerca de 40% dos acordos salariais foram fechados com percentuais inferiores à inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do IBGE.
Na última Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílio (PNAD Contínua) do IBGE, a renda ficou negativa em – 8,7% no primeiro trimestre deste ano em relação a janeiro e março de 2021. Hoje a renda média está em R$ 2.548, este valor é o mais baixo desde 2012, quando a pesquisa começou a ser feita.
A ideia de Guedes de novamente mexer nos direitos trabalhistas é rechaçada pelos secretários da CUT Nacional, Valeir Ertle, de Assuntos Jurídicos e Ariovaldo de Camargo, de Administração e Finanças. “O governo quer esconder a sua incompetência em melhorar a economia jogando a culpa pela crise econômica sobre nas costas da classe trabalhadora”, criticam os dirigentes sindicais.

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