O Departamento Jurídico do Sindae, por determinação da direção da entidade, denunciou a Sanasa no Ministério Público do Trabalho (MPT) por não realizar concursos públicos para a reposição de mão-de-obra. O último foi realizado em 2016. De lá para cá, ocorreram centenas de desligamentos, tanto por aposentadorias como pedidos de demissão, mas, as vagas surgidas não foram preenchidas.
A situação é crítica. E se nada for feito, a Sanasa corre sérios riscos de sofrer um apagão de mão-de-obra, com implicações diretas sobre as suas atividades. Para se ter uma ideia do caos em que a empresa está mergulhada, na Gerência dos Domasas, por exemplo, de 2021 para cá ocorreram 41 desligamentos, sem reposição destas vagas.
Esta redução do efetivo provoca um círculo vicioso. Aumenta a carga de trabalho sobre os que continuam na empresa, que são obrigados a trabalhar ainda mais, correndo sérios riscos de adoecer ou sofrer um acidente de trabalho. Se isto ocorrer, haverá aumento do número de afastamentos, reduzindo ainda mais o efetivo, alimentando este círculo vicioso.
A direção do Sindae há muito tempo vem chamando a atenção da diretoria da Sanasa para esta situação caótica. Mostramos a necessidade de se realizar, em caráter de urgência, concursos públicos para reposição do efetivo em praticamente todos os setores. Mas, ela tem feito “ouvidos de mercador” para as nossas reivindicações.
E como “paciência tem limite”, a nossa acabou. Se a diretoria da Sanasa se recusa a ouvir os dirigentes sindicais, agora, terá que se explicar aos Procuradores do MPT.
O que será que está por trás dessa insistente recusa em realizar concurso público? Até as pedras da Avenida da Saudade sabem o que pode acontecer se não houver reposição de mão-de-obra. Estaria a diretoria da Sanasa pavimentando o caminho para a privatização total?
