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AM-ABS abandona contrato e deixa Sanasa na mão
A direção do Sindae sempre foi contra a terceirização porque o argumento por trás dela – reduzir custos – não tem sustentação.
E a Sanasa está aprendendo isso da pior forma possível, em razão do abandono do contrato por parte da empreiteira que fornecia serviços de retroescavadeira.
O caso mais recente envolveu a AM-ABS. Sem qualquer aviso prévio, esta empreiteira abandonou o contrato e deixou a Sanasa em maus lençóis. Segunda colocada no pregão, a A3 foi convocada para assumir o contrato. Mas, a experiência mostra que a história com AM-ABS pode se repetir. Qual garantia que a Sanasa tem de que também a A3 vá cumprir o contrato até o fim?
Para não interromper os serviços, a empresa foi obrigada a deslocar máquinas e operadores da Gerência de Obras para atender demanda urgentes nas Domasas; e paralisou os serviços naquela gerência. Ou seja, “para cobrir um santo, descobriu outro”.
Este é um exemplo claro do quanto a terceirização é prejudicial à Sanasa. Se os valores dos contratos não cobrem nem os custos, as empreiteiras pegam o boné, caem fora e provocam danos irreparáveis à imagem da Sanasa.
Quando, por exemplo, há o rompimento de uma adutora, finalizado o serviço, cabe a uma empreiteira fechar o buraco. Se ela não faz o serviço, a população fica na bronca com a Sanasa. Portanto, a lógica da gestão na empresa deve sempre considerar o seu caráter de empresa pública, responsável pela prestação de um serviço público.
Na hora do aperto, quem garantiu a continuidade dos serviços da Sanasa e evitou o mau maior foram os funcionários concursados; gente que tem compromisso com a empresa e, infelizmente, nem sempre recebem o reconhecimento devido.
A prova disso é que, quando opta pela decisão fria e racional dos lucros e decide terceirizar, a empresa não pensa no impacto da medida sobre os trabalhadores lotados no setor, cujas atividades serão transferidas para uma terceirizada.
