Sempre que se conclui uma campanha salarial, o primeiro questionamento é se o saldo foi positivo ou negativo. Se, no todo ou na maior parte, foram atendidas as reivindicações, o saldo é positivo. E para a direção do Sindae, é o caso desta campanha recém-concluída
Uma campanha salarial não resume às assembleias para aprovar a pauta e se posicionar sobre a contraproposta da empresa. É um processo longo, que começa bem antes. Inicia-se nas assembleias setoriais nos locais de trabalho, onde podemos conversar diretamente com o trabalhador, ouvir suas demandas e, a partir delas, elaborar uma pauta realista, em condições de ser alcançada.
Em uma campanha salarial difícil como esta, a direção do Sindae precisaria ter postura responsável, para não “levar os trabalhadores a dançarem na beira do abismo”. Negociações salariais são sempre marcadas pela tensão; cheias de marchas e contramarchas; idas e vindas; estica e puxa. Até que se tenha uma proposta em condições de ser analisada pela categoria.
Além das questões econômicas, destacamos também dois pontos. O Programa de Valorização e Retenção do Conhecimento (PROVAR), criado para substituir o antigo PAI, que vai beneficiar os trabalhadores que vierem a se aposentar de agora em diante.
Vale lembrar que, após a reforma da Previdência Social do governo Jair Bolsonaro, aposentadoria tornou-se motivo para cessar o contrato de trabalho. Ou seja, aposentou tem que se desligar da empesa, “com uma mão na frente e outra atrás”.
TABELAS SALARIAIS
Outro ganho importante desta campanha é a unificação das tabelas salariais na área operacional. Na prática, colocamos óleo nas engrenagens do Plano de Carlos e Salários (PCS) para fazê-lo movimentar. Só esta unificação vai gerar movimentação salarial para mais de cem trabalhadores.