Quem lê o Plano de Cargos e Salários da Sanasa e dá de frente com o princípio “havendo vaga e verba, a promoção é automática”, imagina o paraíso. Mas, a teoria, na prática, é bem outra. Este princípio só se efetiva concretamente quando se trata dos cargos de chefa.
De Coordenadores para cima, a sua aplicação é veloz, com a atualização salarial realizada de maneira simultânea ao início das atividades na nova função. Mas, quando se trata do conjunto dos trabalhadores, sobretudo no intervalo de ATS I a ATS III, é só enrolação e adiamento. Na maioria das vezes, é necessária a intervenção do Sindae para resolver o problema.
Ou princípio do “havendo vaga e verba, a promoção é automática” vale para todos ou não vale para ninguém. O que não se admite é a sua aplicação de forma parcial: agilidade e pronto atendimento para o andar de cima e eterno “empurrar com a barriga” para quem está no andar de baixo.
Para a direção do Sindae, nos casos de ATS I, ATS II e ATS III, mais do que este princípio, deveria valer o critério da experiência e capacidade de executar funções. Se o ATS I desempenha e cumpre, com excelência e competência, funções e atividades inerentes ao ATS II, por que não o promover ao cargo? O mesmo valendo para o ATS II em relação ao ATS III.
TABELAS SALARIAIS
Outro sério problema do PCS são as diferentes tabelas salariais existentes entre as diretorias da Sanasa; e às vezes, até dentro de uma mesma gerência. Isto acaba por criar “ilhas salariais” dentro da empresa.
Esta questão não é de difícil solução e não demandaria nem mesmo a contratação de consultoria de fora da empresa para resolvê-la. De acordo com informações obtidas pela direção do Sindae, já existe inclusive um estudo, elaborado pela própria Gerência de Recursos Humanos (GRH), suficiente o bastante para resolver este problema.
Mas, por que ele ainda não foi colocado em prática? Talvez porque, para isso, falte vontade política e empatia com os trabalhadores da parte de quem está nos postos de comando da Sanasa.