O preço do botijão de gás de cozinha, que custa em média R$ 112,70 no país, mas pode chegar a R$ 160 em algumas cidades, chega a comprometer em até 11% a renda das famílias mais pobres da cidade de São Paulo, segundo um estudo realizado pelo Instituto Pólis, que levantou preços em 337 pontos de revenda da capital.
Se o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) mudasse a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), adotada pela Petrobras no governo de Michel Temer (MDB), o botijão de gás poderia custar R$ 60, diz engenheiro da Petrobras.
Em 2008, o botijão custava, em média, R$ 33 e o gasto com esse item correspondia a 7,95% do salário mínimo. Em 2015, um botijão custava R$ 45 e correspondia a 5,71% do salário mínimo.
Hoje, um botijão pode consumir até 24% da renda de uma família com rendimento de meio salário mínimo (R$ 606), como mostrou estudo do Instituto Pólis, que encontrou o gás mais caro de São Paulo na Vila Carrão, bairro da zona leste, onde as famílias podem pagar até por R$ 145 para comprar o produto.
Já em uma casa com orçamento mensal de cinco salários mínimos (R$ 6.060), a fatia correspondente ao gás representaria entre 1,6% e 2,4% da renda – ou até dez vezes menos do que o custo do botijão para uma família que vive com meio salário mínimo.