Tem algumas situações que, de tão absurdas, contadas talvez as pessoas não acreditem nelas. Mas, elas existem, são reais e estão acontecendo bem mais perto do que podemos imaginar. E a Sanasa tem sido palco para uma situação dessas, provocada pela terceirização de serviços e postos de trabalho que vem sendo implementada “ferro e fogo” pela atual diretoria da empresa.
Os serviços de retroescavadeira foram completamente terceirizados a partir desde ano. Os editais previam a contratação de máquinas e mão de obra; até o óleo diesel é da empreiteira. Os caminhões basculantes já havia sido terceirizados há mais tempo.
E aqui está “o pulo do gato” das situações absurdas. Se de manhã, em um determinado Domasa tiverem três ordens de serviço, saem duas máquinas da Sanasa com operadores e a da terceirizada com o operador também terceirizado. Com duas ordens de serviço, saem uma da Sanasa e outra da empreiteira.
Mas, e se tiver apenas uma ordem de serviço? Simples: a prioridade é da terceirizada, que coloca sua máquina e seu operador na rua para executar o serviço. Afinal, se contratou a empreiteira, a Sanasa tem que pagar. E para pagar, precisa comprovar a execução dos serviços.
Enquanto isso o trabalhador da Sanasa fica dentro do Domasa, de braços cruzados sem ter o que fazer, olhando para máquina lá parada. Esta situação provoca danos psicológicos neste operador, que se sente inferiorizado, por não poder executar um serviço para o qual foi contratado, após passar pelo filtro rigoroso do concurso público.
Para a direção do Sindae, este um caso clássico de malversação de recursos públicos, de improbidade administrativa mesmo. Não se vê a economia de recursos, cantada em “prosa e verso” como justificativa à terceirização. Pelo contrário, a Sanasa gasta o dobro: pagamento do seu próprio funcionário e a manutenção do seu equipamento, e da empreiteira.