PAI pode provocar apagão de mão de obra na Sanasa

Até o dia 31 de dezembro, 82 trabalhadores deixarão a Sanasa. Eles aderiram ao Programa de Aposentadoria Incentivada (PAI) e, de acordo com as regras, têm até esta data para se desligarem. Destes, 25 já saíram. Embora se tenha adesões no setor administrativo, a maioria está concentrada mesmo no Operacional. E aqui começam os problemas.
A diretoria da Sanasa não está dedicando a atenção necessária para a reposição destes trabalhadores. As contratações não estão acompanhando a velocidade e o número das saídas, mesmo com o último concurso público realizado na empresa ainda em vigor. Os reflexos desta diferença de tratamento já se fazem sentir.
Na edição 703 do boletim O Registro, por exemplo, publicamos matéria relatando os problemas existentes nas ETAs I e II por conta da redução do efetivo mínimo necessário para operar aquelas unidades. A direção do Sindae, inclusive, já enviou ofício à presidência da Sanasa com um relato da situação e cobrando a imediata contração de trabalhadores para repor o efetivo. Logo após a publicação do texto, trabalhadores relataram, por meio da fan page do Sindae no Facebook, que também a Coordenadoria de Leitura está sofrendo com o mesmo problema.
Não precisa ser um expert em gestão para saber que, com efetivo reduzido, não se mantém a mesma qualidade do serviço. Afinal, uma tarefa que antes era executada por cinco, três não a realizarão com a mesma eficácia e no mesmo espaço de tempo.
Para a direção do Sindae, a má qualidade nos serviços causa reflexos diretos na imagem da empresa. Além disso, tem também os riscos à integridade física e à saúde dos trabalhadores que permanecem na empresa, causados pela sobrecarga de trabalho. Eles estão mais expostos a acidentes de trabalho e doenças profissionais.
A situação é preocupante e a diretoria da Sanasa não pode adiar a tomada de providências. E isso implica na imediata reposição dos trabalhadores que aderiram ao PAI e que até o dia 31 de dezembro vão se desligar da empresa.