A Colepav foi contratada pela Sanasa, mediante licitação pública, para retirar os resíduos (areia, lodo, lixo, etc.) nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). É mais um caso de terceirização desenfreada. O problema é que, “o que era para ser barato, está saindo muito caro”.
De acordo com informações obtidas pela direção do Sindae, a Colepav “está mal das pernas”, não está dando conta do contrato que mantém com a Sanasa e o serviço está sendo feito pelos próprios trabalhadores das ETEs.
Os trabalhadores “estão se virando nos trinta” para dar conta do serviço. Na ETE Anhumas, por exemplo, eles estão levando os resíduos em carriolas de uma caçamba para outra. Na EPAR Capivari, sacos plásticos estão sendo utilizados para estas retiradas. Como se não bastasse o risco ergométrico, é preciso lembrar que estes resíduos apresentam altos níveis de contaminação.
Será que o setor da Sanasa responsável pela fiscalização das empreiteiras está de olhos fechados para a situação da Colepav? Até porque, os problemas desta terceirizada não começaram agora. Ainda de acordo com as informações obtidas pela direção do Sindae, a luz amarela acendeu quando vários de seus trabalhadores pediram demissão, deixando a empresa em dificuldades para cumprir o contrato com a Sanasa.
Este não o primeiro e, certamente, não será o último exemplo do mal que a terceirização provoca à Sanasa. É dinheiro público que está indo para o ralo. Para quê terceirizar se “ao fim e ao cabo” sobra para os próprios trabalhadores da Sanasa executarem os serviços?