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Discorda da sua avaliação do PCS? Entre com recurso

Sanasa definiu os critérios sozinha e desagradou todo mundo

A direção sindical colocou a luta pela reformulação do Plano de Cargos e Salários (PCS) no topo das prioridades, mesmo sabendo da prerrogativa da Sanasa sobre a questão. Garantimos no atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) o direito de o trabalhador ser avaliado anualmente; e também a definição prévia de verba para atender eventuais movimentações salariais decorrentes destas avaliações.
A Sanasa chamou para si a definição dos critérios para as avaliações, sem a participação do Sindae. E com isso, ela conseguiu a proeza de desagradar “a gregos e troianos”. Diante da gritaria geral, o sindicato cobrou a empresa. Ela garantiu a criação de um canal de comunicação para aqueles que discordassem do resultado poderem apresentar recurso, expor suas razões e até pleitear uma reavaliação.
Mas, até o momento em que fechávamos esta edição de O Registro, este canal ainda não estava disponível. A informação que se tem é que o setor do TI está encontrando dificuldades para fazer isso. A bola está com a Sanasa, até porque, foi o próprio diretor-presidente que afirmou que os recursos poderiam ser apresentados ainda neste mês.
O PAPEL DOS GESTORES
Além das queixas dos trabalhadores, estas avaliações jogaram luz sobre o papel dos próprios gestores. Eles não perceberam que os resultados poderiam dizer muito mais sobre a capacidade deles em gerir um local de trabalho do que sobre o desempenho dos seus subordinados.
Isso ficou bem claro em alguns setores. No Atendimento ao Consumidor, por exemplo, do total de funcionários lotados ali, 50 tiveram avaliação negativa, o que os impediu de obter a progressão na carreira. Na ETA 1 e 2, tivemos situação semelhante. Ali, menos de cinco trabalhadores alcançaram pontuação suficiente para obter a progressão.
Será que a culpa é dos trabalhadores? E onde fica a responsabilidade dos gestores? Os resultados revelam que eles não conseguem motivar a mão-de-obra, ser uma liderança confiável. Boa parte deles não sabe a diferença entre liderar e mandar. O líder autêntico não precisa se auto afirmar por meio do terror. A sua postura, comportamento e atitude perante os subordinados bastam.
E como nada é tão ruim que não possa piorar, tivemos ainda a situação absurda de gestor em cargo comissionado, que está na Sanasa somente porque foi indicado por partido político, fazer avaliação extremamente negativa do trabalhador. Há quantos anos este gestor está na empresa para ter um conhecimento tão profundo assim do seu subordinado?

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