ImprensaNotíciasNotíciasVirou Notícias
8 de março – Dia Internacional da Mulher
A luta pela igualdade continua na ordem do dia
“Mas é preciso ter força… É preciso ter raça… É preciso ter gana sempre…”. Os versos da conhecida canção não deixam margem a dúvidas: as mulheres têm que matar um leão por dia para reafirmar direitos e exigir respeito à sua própria condição de mulher. Salários iguais para trabalhos iguais, ascensão a postos de comando nas empresas, fim de todos os tipos de violência (física, sexual, psicológica e de gênero), direito à maternidade (decidir se e quando ser mãe). Estas são algumas das bandeiras de luta que as mulheres ainda levantam em pleno século 21.
E no momento atual vivido pelo Brasil, as mulheres enfrentam mais um obstáculo: as reformas impostas pelo governo Michel Temer, como a trabalhista e a previdenciária, e o congelamento dos gastos públicos por 20 anos, recolocam a mulher em condição de desigualdade acentuada. Um retrocesso em relação aos avanços verificados entre 2002 e 2016.
SALÁRIOS MAIS BAIXOS
Segundo os dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do IBGE, no quarto trimestre de 2017, o salário médio das mulheres brancas era de R$ 2.209,00, enquanto o dos homens brancos era de R$ 3.090,00. Já a média salarial das mulheres negras, no mesmo período, era de R$ 1.332,00, enquanto dos homens negros era de R$ 1.690,00. Na comparação, o salário das mulheres corresponde a 75% dos salários dos homens.
LUTA E RESISTÊNCIA
Durante o mês de março, em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, a CUT e diversos movimentos de mulheres, feministas e populares realizam, nos principais estados e cidades, uma Jornada de Luta das Mulheres em Defesa da Democracia e dos Direitos.
A ideia é denunciar o retrocesso dos direitos sociais e trabalhistas que impactam principalmente as mulheres; o avanço do conservadorismo; o desmonte das políticas públicas; e o aumento da violência contra as mulheres. Esta luta é de todos nós: mulheres e homens.