Resultado da campanha salarial deste ano, a reformulação do Plano de Cargos e Salários encontra-se em compasso de espera. Depois das movimentações salariais ocorridas em agosto, está prevista para este mês, novembro, as avaliações do restante dos trabalhadores e trabalhadoras. Mas, neste momento, o que se tem é indefinição.
De concreto, apenas os quatro pilares que vão nortear estas avaliações: capacidade de trabalho em equipe; os resultados produzidos; capacidade técnica; e tomada de decisão. E nada mais. Para direção do Sindae, mais do que lamentável, esta situação é inaceitável.
E como nada é tão ruim que não possa piorar, a diretoria da Sanasa parece dormir em berço esplêndido e não se move. Há duas semanas, a empresa convocou reunião com os gestores para, segundo a empresa, atualizá-los sobre o novo “instrumento de gestão de carreiras”
O que se viu e ouviu neste encontro, porém, deixou os dirigentes do Sindae “com a pulga atrás da orelha”. As orientações transmitidas pelos porta-vozes foram completamente diferentes do que saiu da mesa de negociações na data-base. E quando confrontados pela direção da entidade sindical, preferiram se calar.
Incapazes de dar respostas às questões, os porta-vozes da empresa preferiram semear confusão, desinformação e desconfiança entre os trabalhadores e trabalhadoras para, com isso, tentar desqualificar o Sindae e todo o processo negocial da última data-base.
Um dos nós que impede o processo de seguir adiante, é a criação dos níveis IV e V. Para a direção do Sindae, isto deve acontecer de imediato, já nesta avaliação de novembro. A diretoria da Sanasa, por outro lado e não se sabe por quais razões, tem entendimento contrário e quer adiar a medida.
Os dirigentes da Sanasa precisam sair do marasmo e “sustentarem de pé aquilo que garantiram sentados” nas negociações da data-base. Do contrário, ficará a impressão de que são hábeis para negociar e firmar acordos com os trabalhadores e trabalhadoras, mas, confusos na hora de cumprir.