De 2016 para cá, trabalhadoras e trabalhadores sofrem com violentos ataques à sua dignidade. Diziam que o país precisa reformar suas leis para gerar mais empregos. Reformaram a CLT, demoliram nossos direitos e o desemprego explodiu.
As mulheres foram as mais afetadas por esta cruel realidade, porque há séculos são vítimas de uma sociedade que se caracteriza pelo masculinismo e pelo do patriarcado.
Diferentes institutos de pesquisas apontam e as ruas e os lares confirmam: dos desempregados, as mulheres são em maior número; estão vendo os filhos morrerem de fome; estão nas filas dos ossos, cozinhando em fogareiros ou à lenha. E tristes e enfurecidas por verem a saúde e a educação dos filhos serem negligenciadas.
E como se não bastasse tudo, das vítimas de assassinatos, as mulheres também são em maior número. E não estão seguras nem mesmo quando, para proteger a própria saúde, são obrigadas a viverem, sob o mesmo teto, com os principais responsáveis por esta escalada de violência.
Em 2021, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança, 17 milhões de mulheres foram vítimas de violência física, psicológica ou sexual no Brasil. Deste número, 52% são mulheres negras, responsáveis por 61% dos 11 milhões de lares comandados por uma só pessoa.
É preciso dar um basta nesta tragédia. A luta das mulheres é para mudar essa história e reverter este quadro. E neste dia 8 de março, homens e mulheres têm nova oportunidade para gritarem numa só voz: por um país sem machismo, racismo, fome, homofobia e nenhum tipo de preconceito.