Aprovada pelos trabalhadores presentes à assembleia realizada na quinta-feira, 20 de janeiro, a pauta de reivindicações já está protocolada na superintendência do SAAE-Atibaia. A expectativa agora é pela abertura imediata de negociações e para garantir a reposição das perdas salariais dos trabalhadores e trabalhadoras.
Vale lembrar que a nossa data-base é 1º de março e, neste ano, apenas cláusulas de natureza econômica serão objeto de negociações. As cláusulas sociais têm vigência até 28 de fevereiro de 2023.
“Sem lutas não há conquistas”. Mais do que frase feita ou chavão, esta sentença encerra uma verdade. Se hoje os trabalhadores e trabalhadoras do SAAE-Atibaia dispõem de um acordo coletivo de trabalho que assegura direitos e conquistas, é porque aqueles que vieram antes foram à luta e, inclusive, realizaram grandes greves para fazer avançar as nossas reivindicações.
Na assembleia do dia 20 de janeiro, os dirigentes do Sindae lembraram este histórico de lutas para mostrar aos trabalhadores que a situação atual não é muito diferente. A categoria está há quase dois anos sem reposição de perdas salariais. E chegou o momento de mudar o curso desta história, virar a mesa e reverter este quadro a favor dos trabalhadores.
No ano passado, na Sanasa-Campinas, vivemos situação bem parecida. Depois de transferir as negociações de maio para outubro, os representantes da empresa chegaram à mesa de negociações e propuseram ZERO de reposição salarial. O abuso recebeu resposta à altura. Intensas reuniões nos locais de trabalho para mobilizar a categoria; três grandes assembleias gerais lotadas de trabalhadores; decretação de Estado de Greve. Foi o suficiente para fazer a empresa recuar e construir uma proposta capaz de ser aceita pela categoria.
Este é um bom exemplo a ser estudado e, sobretudo, seguido pelos trabalhadores do SAAE-Atibaia. Se a categoria não dar mostras claras do seu descontentamento, esta insustentável atual situação vai permanecer do que jeito que está. E isto não pode acontecer. Então, vamos à luta.