O Plano de Cargos e Salários (PCS) da Sanasa sempre foi fonte de frustração para a categoria. Nunca cumpriu o que se esperava dele: ser uma ferramenta que assegurasse condições de ascensão funcional e valorização salarial. Até previa critérios para crescer na carreira que, na prática, engessavam este crescimento.
As campanhas salariais de 2024 e 2025 se tornaram divisor de águas. Nelas, asseguramos, no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a avaliação anual dos trabalhadores, com uma verba previamente definida para dar conta das movimentações salariais que, certamente, iriam ocorrer. E isso não é pouco. Foi uma grande conquista. Sãs raras as categorias que têm isso garantido em acordos coletivos.
Em pouco mais de um ano, a aplicação do novo Instrumento de Gestão de Carreiras (IGC) beneficiou 1.632 trabalhadores, que mudaram de níveis. A maioria assegurando ganhos reais de salários. E mesmo quem não obteve aumento por já estar no teto da carreira e sem perspectivas, com a mudança de udou de nível, viu abrir novas possibilidades de ascensão.
BARREIRAS
Além disso, o novo IGC, ao estabelecer critérios claros e objetivos de avaliação dos trabalhadores, também se constitui numa barreira contra as ingerências políticas de gente estranha à Sanasa. E ainda, impõe enormes responsabilidades aos gestores, que de agora em diante deverão ser éticos e transparentes para avaliar seus subordinados. “A cor dos olhos” ou o “grau de amizade” não poderão ser mais levados em consideração.
Para a direção do Sindae, o novo IGC representa também um desafogo, porque tira a questão do PCS da pauta sindical; afinal, é sempre bom lembrar, a política de administração de cargos e salários é uma prerrogativa da Sanasa.
Com isso vai liberar energias para que os dirigentes sindicais possam focar em questões urgentes como, por exemplo, a atualização e aperfeiçoamento de diversas cláusulas do nosso acordo coletivo. E a luta contra as ameaças de privatização das empresas públicas de saneamento básico.




