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Além de não cumprir o que prometeu, a privatização aprofundou as desigualdades

O impacto é direto na saúde, na educação e nas condições de vida de milhões de brasileiros

O acesso ao saneamento básico continua sendo uma das maiores chagas sociais do Brasil — e as políticas de privatização, que se intensificaram desde os anos 1990, não apenas não entregaram o que prometeram, como aprofundaram desigualdades e precarizaram o serviço.
Dados divulgados recentemente pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostram que as internações por doenças relacionadas à falta de saneamento chegam a ser 20 vezes maiores em municípios com desenvolvimento crítico, em comparação aos mais desenvolvidos. O impacto é direto na saúde, na educação e nas condições de vida de milhões de brasileiros, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
Em cidades com menor acesso ao saneamento, o número de médicos por mil habitantes é quase sete vezes menor, e o índice de gravidez na adolescência chega a 41%, um indicativo claro da ausência de políticas públicas estruturantes — que o setor privado não tem interesse em oferecer.
Essa realidade expõe o fracasso do discurso neoliberal, que prometia eficiência, investimento e universalização dos serviços com a entrada da iniciativa privada no saneamento. O que se viu, no entanto, foi o contrário: tarifas mais altas, queda na qualidade, lucros para poucos e exclusão para milhões.
Água e esgoto não são mercadorias. São direitos fundamentais, e devem ser garantidos com controle social, transparência, voltados para quem mais precisa. Privatizar é excluir. Universalizar é democratizar.

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