Em assembleia realizada nesta terça-feira, 13 de julho, os trabalhadores aprovaram a contraproposta da BRK Sumaré e colocaram ponto final à Campanha Salarial/2021. Os salários serão corrigidos em 4%, retroativos a maio e mais 3% em janeiro. O valor do vale alimentação/refeição será corrigido em 10%, percentual acima da inflação verificada nos últimos doze meses.
À primeira vista, esta proposta pode levar muita gente a considerar que as negociações foram “um passeio no parque”. Mas, quem acompanhou tudo de dentro sabe que as coisas não caminharam desta forma.
A proposta inicial da BRK foi considerada inaceitável pela direção do Sindae, tanto que rejeitada de maneira categórica pelos trabalhadores na assembleia realizada no dia 18 de junho. A empresa queria reajustar salários e benefícios em míseros 3,5%, insuficientes para repor a inflação do último período; e dava por encerradas as negociações salariais.
Para destravar o processo e forçar a reabertura de negociações após a rejeição da contraproposta da BRK, o Sindae realização uma grande mobilização em 25 de junho. Durante uma hora e meia, os portões da empresa permaneceram fechados.
Os dirigentes sindicais deixaram claro que os trabalhadores não aceitavam pagar a conta da crise econômica que o país atravessa. É importante lembrar que, mesmo com a pandemia do Coronavírus, a BRK não deixou de vender água à população de Sumaré, ou seja, o dinheiro continuou entrando no caixa da empresa.
A pressão deu resultado. As negociações foram reabertas e a BRK evoluiu a sua contraproposta, a ponto de ter condições de ser submetida ao crivo dos trabalhadores e aprovada.
