Fechadas as urnas e apurados os votos, em São Paulo nenhum dos candidatos ao governo obteve maioria absoluta. Por isso, os dois mais votados – Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), e Tarcísio de Freitas, do Republicanos – disputarão um segundo turno no dia 30 de outubro.
Mas, será que estaremos diante de uma simples disputa entre diferentes programas de governo? Ou diferentes concepções de sociedade? Ou será que existe algo maior por trás dessa disputa?
Para os trabalhadores e trabalhadoras nas empresas públicas de saneamento básico, como a Sanasa, neste segundo turno seus empregos também podem estar em jogo. Ou em perigo. O discurso privatista de Tarcísio e sua ida ao segundo turno “soaram como música” para os ouvidos da iniciativa privada. Tanto que, a simples perspectiva de ser privatizada em um eventual governo dele, fez as ações da Sabesp subirem 17%.
Vale lembrar que, embora Dário Saadi tenha assinada a carta-compromisso do Sindae em defesa da Sanasa, ele também é do mesmo Republicanos de Tarcísio. Portanto, pode agora sentir-se encorajado a passar a empresa municipal de saneamento nos cobres.
NÃO À PRIVATIZAÇÃO
A luta contra a privatização das empresas públicas de saneamento básico é bandeira histórica do Sindae-Campinas. E sempre nos posicionamos contra governantes que manifestaram intenção de transferir o controle delas para a iniciativa privada.
Por isso, chamamos o voto para governador em Fernando Haddad, que em seu programa de governo defende o caráter público destas empresas.
Enquanto no mundo inteiro há um movimento de retomada destas empresas pelo setor público, no Brasil querem ir na contramão. Os privatistas não passarão!
Você pode até alegar que tem o direito de escolher livremente em quem votar. E isso é verdadeiro. Mas, lembre-se: seu voto tem consequências.