Diante da louca ofensiva de Tarciso de Freitas para a privatizar a Sabesp, e como ele é do mesmo partido do prefeito Dário Saadi, os dirigentes do Sindae foram até o chefe do Executivo municipal para saber se, em relação ao saneamento, ele também comungava das mesmas ideias do governador.
E “como cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém”, na audiência que tiveram com o prefeito na segunda-feira, 6/11, os dirigentes sindicais rememoraram o compromisso assumido por ele durante a campanha eleitoral: de manter o caráter de empresa pública da Sanasa. Dário Saadi disse “que não passa pela sua cabeça privatizar a Sanasa”.
Esta posição do prefeito pode até trazer tranquilidade, mas, não permite baixar a guarda. O fantasma da privatização continua aí assombrando empresas e trabalhadores. E o exemplo maior está na insana decisão do governador de São Paulo em relação à Sabesp; que, inclusive, vai na contramão do mundo.
Ao contrário do discurso da mídia, a iniciativa privada, obcecada por lucros, não garante a universalidade do saneamento básico. Exemplos disso não faltam. Aqui no Brasil e no exterior.
A diferença é que lá os governos têm a coragem política de retomar o controle público dos serviços. O caso mais recente se deu em Lyon, terceira maior cidade da França, que seguiu o exemplo de Paris e retomou os serviços.