Nesta recente rodada de assembleias setoriais, os dirigentes do Sindae têm alertado os trabalhadores e trabalhadoras para a proximidade das eleições municipais. Em outubro vamos às urnas eleger o prefeito e os vereadores em Campinas. E a privatização da Sanasa já está na ordem do dia do Partido Novo.
Pré-candidato a prefeito pela legenda, o economista Zé Afonso já mostrou a que veio: quer privatizar a Sanasa. Ele ainda acredita que, privatizada, a empresa se torne eficiente e alcance a universalização do saneamento básico. Pelo visto, ele está mal informado.
A Sanasa completa 50 anos de existência em 2024, ostentando números invejáveis. Ela é umas três melhores empresas do Brasil em saneamento básico, conforme ranking do Instituto Trata Brasil, organização defensora da privatização das empresas públicas do setor.
O mesmo ranking colocou Manaus, capital do Amazonas, na 83ª posição. Detalhe: os serviços de saneamento básico da cidade há 24 anos estão nas mãos da Águas de Manaus, empresa do Grupo Aegea.
E tem mais. A Sanasa antecipou em dez anos o cumprimento das metas de universalização do saneamento básico em Campinas, conforme prevê o Marco Regulatório do setor.
Privatizar não é a solução. Pelo contrário, atrasa em décadas os projetos de universalização do saneamento básico. Bem por isso, grandes cidades, na Europa e nos EUA, estão fazendo o caminho inverso. Estão retomando para o setor público o controle das empresas antes privatizadas.
REPRESENTANTES
As ameaças de privatização colocam uma enorme responsabilidade sobre os nossos ombros: a necessidade de termos, na Câmara de Vereadores, um representante do nosso próprio meio. Não queremos mais que outros falem por nós. Podemos falar por nós mesmos!
Precisamos de um vereador comprometido com a universalização do saneamento. E ciente de que somente a manutenção da Sanasa como empresa pública pode alcançar esta meta. Ter alguém de nós no Legislativo municipal significa também um salto de qualidade em nossa representação.
Somente quem conhece a Sanasa por dentro, vive e pensa como os trabalhadores, tem legitimidade para representá-los. É sobre isso que precisamos refletir. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer. Vamos à luta.
Renan Roncolatto
Presidente
