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Já estão em vigor as novas alíquotas do INSS

As novas alíquotas de contribuição ao INSS começaram a vigorar no último dia 2, primeiro dia útil de março. A mudança é uma das novas regras que constam na reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

A nova Previdência, como o governo chama a reforma, aumentou o tempo de contribuição, instituiu a idade mínima para aposentadoria e reduziu o valor dos benefícios. Para passar para a população a sensação de que a reforma tinha algo positivo, o governo aprovou também mudança nas alíquotas de contribuição. De acordo com a propaganda oficial, a medida é uma “vantagem” para os trabalhadores e trabalhadoras da iniciativa privada e servidores públicos da ativa, pois quem ganha mais paga mais e quem ganha menos paga menos.
A redução das alíquotas nada mais é do que propaganda porque na prática a diferença no bolso do trabalhador é tão pequena que não fará diferença em suas finanças. A diferença no bolso do trabalhador – que vai ter de trabalhar mais e receber um valor menor de aposentadoria – realmente será mínima.
A alíquota para quem recebe um salário mínimo (R$ 1.045,00) por mês será de 7,5%. A diferença entre o que o trabalhador pagava (R$ 83,60) e o que ele passará a pagar (R$ 78,38) é de apenas R$ 5,22. Já um trabalhador que ganha o teto do Regime Geral, também conhecido como o teto do INSS – atualmente R$ 6.101,06 –, pagará uma alíquota de 11,69%, resultado da soma das diferentes alíquotas que incidirão sobre cada faixa da remuneração.
ALÍQUOTAS ANTES E DEPOIS DA REFORMA
Até o mês passado as alíquotas variavam de 8% a 11%, assim distribuídas:
– 8% se o salário de contribuição for de até R$ 1.830,29;
– 9% para salário-contribuição entre R$ 1.830,30 e R$ 3.050,52;
– 11% para salário-contribuição de R$ 3.050,53 até R$ 6.101,06.
Com as novas regras os trabalhadores da iniciativa privada terão de contribuir com 7,5%, 9%, 12% e 14%, dependendo do salário. Os descontos das alíquotas incidem até o valor do teto previdenciário (R$ 6.101,06). Quem ganha acima deste valor tem o restante do salário livre de tributação.
Por exemplo, quem ganha R$ 10 mil ao mês, antes tinha de desconto 11% sobre o teto previdenciário (R$ 671,12). Com as novas regras, sua contribuição ao INSS subirá para R$ 713,09. O desconto é gradual, de acordo com as quatro novas alíquotas – 7,5%, 9%, 12% e 14%. Não se aplica o desconto direto de 14% sobre o valor do teto.

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